CONHEÇA A VILA DE
HOGEWEY - E UMA MANEIRA INSPIRADORA DE LIDAR COM UMA DOENÇA INCURÁVEL
14 de July de 2014
Uma vila pacata, agradável, charmosa, com apenas 23 casas e 150 moradores – mas várias opções de lazer, entre teatro, restaurante, clube cultural, café e biblioteca. Parece apenas uma versão um pouco menor das tantas vilas encontradas no norte da Holanda. Mas a verdade é que Hogewey é uma cidade de “faz de conta”: ela foi construída dentro de um asilo para idosos que portam doenças mentais. A ideia é permitir que os pacientes continuem vivendo a vida que levariam normalmente, passeando, fazendo amigos e administrando o próprio dia a dia; mas sem correr os perigos do “mundo real”. E, dessa forma, possam viver mais felizes e de forma mais plena.
Projetada pelo arquiteto Michael Bol e construída em 2009, para substituir o que antes era um asilo tradicional, Hogewey fica na cidade de Weesp, que tem apenas 18 mil habitantes. Cada casa da pequena vila é habitada por até sete idosos, e conta com uma decoração personalizada, próxima à dos locais onde cada um dos habitantes vivia antes de ir para o asilo. Os cuidadores que auxiliam os idosos em seu dia a dia usam roupas comuns, e não uniformes; e trabalham no comércio da vila – atuando também como garçons, cabelereiros e caixas de supermercado, por exemplo. “Nós quisemos criar um clima de lar, não um ambiente hospitalar”, explica Bol. Dá tão certo que alguns dos pacientes nem chegam a perceber que estão em um asilo.
A maioria dos moradores de Hogewey sofre de Alzheimer, um dos mais poderosos e misteriosos males que afetam o cérebro humano, levando à demência e à perda de faculdades mentais e motoras. A vila-asilo, mantida pelo governo holandês – que paga 5 mil euros para manter cada idoso -, é uma forma pioneira de lidar com a doença, preservando a dignidade e a qualidade de vida dos pacientes. “Pelo menos aqui os doentes têm uma vida normal dentro do mundo criado pela mente deles”, conta a diretora da clínica, que acaba atuando como uma espécie de prefeita da mini-cidade. “E nós procuramos respeitar a individualidade de cada um. Todos, ao seu modo, são felizes.”
por Marina Lopes
Itapema SC
Itapema SC
Que belo exemplo!!! Deveria fazer parte das constituições de todos os países do mundo.
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