terça-feira, 16 de dezembro de 2014

UM ASILO DIFERENTE A CIDADE DE FAZ DE CONTA

CONHEÇA A VILA DE HOGEWEY - E UMA MANEIRA INSPIRADORA DE LIDAR COM UMA DOENÇA INCURÁVEL


14 de July de 2014
Uma vila pacata, agradável, charmosa, com apenas 23 casas e 150 moradores – mas várias opções de lazer, entre teatro, restaurante, clube cultural, café e biblioteca. Parece apenas uma versão um pouco menor das tantas vilas encontradas no norte da Holanda. Mas a verdade é que Hogewey é uma cidade de “faz de conta”: ela foi construída dentro de um asilo para idosos que portam doenças mentais. A ideia é permitir que os pacientes continuem vivendo a vida que levariam normalmente, passeando, fazendo amigos e administrando o próprio dia a dia; mas sem correr os perigos do “mundo real”. E, dessa forma, possam viver mais felizes e de forma mais plena.
hogewey1

hogewey4
Projetada pelo arquiteto Michael Bol e construída em 2009, para substituir o que antes era um asilo tradicional, Hogewey fica na cidade de Weesp, que tem apenas 18 mil habitantes. Cada casa da pequena vila é habitada por até sete idosos, e conta com uma decoração personalizada, próxima à dos locais onde cada um dos habitantes vivia antes de ir para o asilo. Os cuidadores que auxiliam os idosos em seu dia a dia usam roupas comuns, e não uniformes; e trabalham no comércio da vila – atuando também como garçons, cabelereiros e caixas de supermercado, por exemplo. “Nós quisemos criar um clima de lar, não um ambiente hospitalar”, explica Bol. Dá tão certo que alguns dos pacientes nem chegam a perceber que estão em um asilo.
hogewey2

hogewey3
A maioria dos moradores de Hogewey sofre de Alzheimer, um dos mais poderosos e misteriosos males que afetam o cérebro humano, levando à demência e à perda de faculdades mentais e motoras. A vila-asilo, mantida pelo governo holandês – que paga 5 mil euros para manter cada idoso -, é uma forma pioneira de lidar com a doença, preservando a dignidade e a qualidade de vida dos pacientes. “Pelo menos aqui os doentes têm uma vida normal dentro do mundo criado pela mente deles”, conta a diretora da clínica, que acaba atuando como uma espécie de prefeita da mini-cidade. “E nós procuramos respeitar a individualidade de cada um. Todos, ao seu modo, são felizes.”
por Marina Lopes
Itapema SC

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

TRÊS MANEIRAS DE FALAR COM PESSOAS QUE VIVEM COM A DOENÇA DE ALZHEIMER

Para as pessoas que vivem com a doença de Alzheimer é muitas vezes difícil, se não impossível, para começar uma conversa ou se envolver com outra pessoa. Quando tentamos falar com uma pessoa que tem perda de memória, muitas vezes somos recebidos com o olhar de mil milhas. Para os membros da família e amigos este é, naturalmente, de partir o coração. Existe alguma coisa que pode ser feito; existe alguma maneira de alcançar as pessoas que parecem ser inalcançáveis?

A resposta curta é sim! As três técnicas seguintes são maneiras simples e eficazes para alcançar aqueles que vivem com a doença de Alzheimer e outros tipos de demência. Nos últimos dez anos, temos usado essas técnicas para criar momentos de alegria e de conexão para pacientes com demência, os funcionários que cuidam deles, e seus entes queridos.

1ª técnica -Todos nós nos sentimos um parentesco com a natureza, se vivemos em cidades, pequenas cidades, ou no país. Nós gostamos de sentir o cheiro das flores, olhar para as folhas de outono, esfregar as ervas entre nossos dedos, colocar o nosso ouvido até em conchas do mar. Colocar algo do mundo natural nas mãos de um doente de Alzheimer pode ser uma maneira simples, mas poderosa para conectá-los para o mundo novamente. Temos experimentado conversas maravilhosas sobre jardins depois de simplesmente entregar alguém que vive com demência uma flor, um pacote de ervas, ou uma xícara de neve.

2ª técnica -  Cada um de nós temos guardados como tesouros para sempre em nossa memória, momentos muito especiais vividos, mesmo estando com Alzheimer. Tomemos como exemplo, um homem que foi encanador em sua vida economicamente ativa, mas tinha paixão pelo futebol. Sabendo disso, podemos fazê-lo segurar uma bola ou uma chuteira ou uma camisa do seu time favorito. Manusear estes objetos, ou simplesmente tocá-los, fará aflorar lembranças de momentos felizes, de jogos que assistiu, de amigos com quem dividiu as alegrias, de jogadores famosos da época e outros.
Pessoas com Alzheimer têm grande dificuldade de começar conversas ou se envolver com outras pessoas. Elas não podem se lembrar de como iniciar uma discussão, eles não podem começar a se conectar a partir do ar. Dando-lhes objetos significativos para manter, seja de natureza ou a partir de suas próprias vidas, damos-lhes um ponto de partida, uma maneira de se conectar novamente.

3ª técnica- É envolver as pessoas com a música. Nós encorajamos você a cantar alguma música favorita ou hino com uma pessoa que sofre de demência. Você, Vai se surpreender ao perceber que uma pessoa que se esforça para falar consigo vai lembrar as letras da música e cantar com satisfação Pode também dar-lhe um instrumento musical que ele tenha tocado. Há alguma coisa mágica na forma como a música consegue desbloquear a névoa da demência.


Temos visto pessoas que parecia perdido em seu próprio mundo de repente acordar e estar presente com a gente usando essas técnicas simples, mas altamente eficaz. Podemos ter as pessoas por apenas alguns instantes, mas nesses momentos, pode haver conexão sincera verdadeira mais uma vez. Medimos o sucesso por um fugaz sorriso, o aperto de uma mão, os olhos arregalados acordados
Em cuidar de alguém que vive com a doença de Alzheimer, nós encorajamos você a comemorar cada momento de reconhecimento, cada gesto de conexão, cada riso e cada sorriso!

        Fonte:Artigo original de Tom and Karen Brenner publicado em Alzheimer’s Reading Room –



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

CARTA DE UMA PESSOA COM DISTÚRBIO DE MEMÓRIA



Queridos amigos,

Às vezes as pessoas me dão orientações, instruções.
Eles fazem tudo parecer tão “simples”.

O meu problema é que “simples” pode ser muito complexo e complicado.
Cada vez mais, eu preciso de mais tempo para processar informações. Preciso mais tempo, às vezes, até para direcionar o meu pensamento para aquilo que está sendo falado. Eu tenho que trabalhar um pensamento de cada vez. É impossível processar dois pensamentos juntos.

Eu peço que em primeiro lugar, certifique-se de que tenha a minha atenção.
Por favor comece no começo.
Repita a frase mais de uma vez, de outro jeito e não espere que vou entender ou lembrar. Só porque lembrei uma vez não significa que vou me lembrar em alguns minutos ou da próxima vez.

Para manter minha atenção no assunto, repita o assunto da qual esteja falando, de novo e de novo.
Por favor, não comece no meio da frase. Comece no começo.
Ideias completas são melhores do que ideias parciais.
Lembre-as com quem está falando.
Me olhe diretamente nos olhos.
Faça contato comigo.
Ficarei muito grato e vou beneficiar muito mais do contato.

Eu fico frustrado quando não te entendo ou quando perco o fio da moeda.
Quando eu simplesmente não consigo entender o que você está esforçando para me falar. Às vezes duvido se realmente esteja se esforçando o máximo- se está realmente ciente das minhas dificuldades.
Às vezes desconfio.
Este não é o EU que você conhece, mais ás vezes o EU momentâneo.

Às vezes um toque suave na mão ou no ombro pode captar a minha atenção.
Me surpreender subitamente não é uma boa ideia.
Eu também noto o seu tom de voz ou quando está com pressa.
Acredito que aqueles de nós com demência que ainda estamos funcionando, apesar das dificuldades, são muito sensíveis. Não tem jeito. Faz parte.

Estes são alguns pensamentos que irão me ajudar.
Espero que entenda que habilidades de comunicação são mais importante agora do que nunca no nosso relacionamento.
Abraços,

             Charles 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Dia 19 de novembro Dia Mundial da DPOC



A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é, na verdade, um espectro de doenças que inclui bronquite crônica e enfisema. O cigarro é responsável pela imensa maioria dos casos.

A DPOC embora acometa muitas pessoas, é incrivelmente desconhecida. Estima-se que apenas no Brasil mais de 7 milhões de pessoas sejam portadoras, mas a realidade é que nem 15% dessas pessoas têm o diagnóstico.

Apenas com o diagnóstico a pessoa pode ser tratada. Aquele cansaço, aquela tosse, entre outras coisas podem ser decorrentes da DPOC. Muitas vezes esses sintomas são ignorados, principalmente pelos fumantes que acreditam que é uma coisa normal. Não é, Existe Tratamento! – Não tem cura, mas tratada a pessoa pode ter uma melhor qualidade de vida!

Esclareça suas dúvidas sobre a doença pulmonar que acomete milhões de pessoas clicando no livreto DPOC
              Livreto DPOC

Fonte: Associação Brasileira de Portadores de DPOC

domingo, 9 de novembro de 2014

Conheça os cinco assuntos que devem ser discutidos com os idosos


Além de cuidar, deixe os idosos cientes de temas importantes


Todo mundo envelhece. E para quem tem um familiar idoso em casa, além de tomar os cuidados já tradicionais do dia a dia, é preciso tratar de alguns assuntos que, muitas vezes, acabam passando despercebidos.

Os golpes aplicados contra idosos, os cuidados com a saúde e a depressão e, claro, as vontades deles são assuntos que devem ser discutidos em casa.

“É importante discutir alguns assuntos, até para deixar claro que o objetivo é tornar a vida do idoso melhor, mais fácil e prática. Tudo para o bem dele”, explica a psicoterapeuta Zenaide Monteiro.

Porém, um ponto muito importante para tratar de assuntos tão delicados com o idoso , é a forma de abordagem. para tratar de assuntos delicados é preciso, antes de tudo, entender que o idoso não é uma criança e respeitar as características dele.

 “Trate-o com respeito e entenda como ele é. Se é mais expansivo, não há problema em abordar os assuntos na frente da família. Mas, se ele é mais fechado, a tarefa deve ser dada ao familiar mais próximo, reservadamente e com carinho”, sugere a especialista.

Lidar com uma resistência inicial e compreender é essencial. Afinal, mudar os hábitos não é confortável para ninguém. Muito menos para quem vive há anos da mesma forma.

“Não fale como se ele estivesse te atrapalhando. Não é nada disso. Mas há casos, uma enfermidade, por exemplo, em que o hospital pode ser mais indicado para um tratamento do que a casa da gente. O filho adolescente, dependendo do curso, não precisa ir estudar fora? É a mesma coisa”, explica.

Sabendo conversar, o seu ente querido pode conhecer novas possibilidades e ser bem mais feliz.

Fale com ele sobre:

1 - Opção de moradia Discuta o que eles preferem: permanecer na casa atual, se mudar para uma menor ou viver em um condomínio? Quando é preciso cuidado, conversem sobre ajuda domiciliar ou mudança para uma instituição

2 - Crime e fraude Idosos são alvo fácil para criminosos. Golpes e vendas destinadas às pessoas mais velhas podem causar prejuízos. E idosos vítimas sentem vergonha de discutir o assunto. Conversar é fundamental para aproximá-los dos filhos

3 - Atividade saudável Sempre há um tipo de exercício que o idoso possa fazer, mesmo que em uma cadeira. Estudos mostram que atividades regulares contribuem para um envelhecimento saudável. Incentive para que adicionem exercícios em seu cotidiano

4 - Mudando a casa Quais reparos podem ser feitos para segurança e conveniência do idoso? Não deixe objetos soltos no caminho: Tapetes, fios, mesinhas. Faça um tour em casa, olhe as situações e condições que podem ser perigosas no deslocamento

5 - Saúde e depressão Atividades que estimulam o cérebro são bastante eficazes. Manter a mente sempre ativa e passar mais tempo com outras pessoas promovem a saúde cerebral e deixam o sistema imunológico mais forte e melhoram o humor

Fonte: Right at Home

Poesia vira terapia para Alzheimer

A qualidade de vida dos idosos brasileiros é um assunto bastante interessante, que muitas vezes passa despercebido nas redes sociais e demais mídias.

Por isso, criei essa página. Nela, irei divulgar um pouco do meu trabalho, e poderemos compartilhar estudos, práticas e experiências. Tenho certeza que iremos aprender muito juntos e contribuir para melhorar a qualidade de vida de pessoas que muito amamos.

Para começar, vejam que trabalho lindo feito no Reino Unido com idosos com Alzheimer. O que vocês acham?

“Sabia o poema, mas tinha esquecido. Aprendi quando era menina”, lembrou esta antiga professora, que sofre com a perda de memória recente. “Terei belos sonhos, sonhos tranquilizadores, de margaridas e árvores”, comemorou.

http://terapiadapalavra.com/2013/11/21/poesia-vira-terapia-para-alzheimer-na-terra-de-shakespeare/